Joinville reabre o Museu Nacional de Imigração e Colonização

Foram alguns bons meses fechado para obras de reparo, mas agora Joinville reabre o Museu Nacional de Imigração e Colonização. A inauguração foi no dia 21 de março e, com a reforma, o espaço ficou ainda mais bonito e cuidado. O lugar ganhou um novo anexo para manter o acervo em segurança, com climatização e modernidade. Do lado de fora, um novo paisagismo integra o prédio histórico ao Centro da cidade.

As obras de restauração do casarão histórico foram custeadas pelo Fundo dos Direitos Difusos do Ministério da Justiça, com intermediação do Iphan e contou com um investimento superior a R$ 3 milhões. O processo de restauro foi acompanhado pela Secretaria de Cultura e Turismo da Prefeitura de Joinville (Secult).

As obras, que iniciaram em 2019, incluíram a revisão estrutural do palacete, novos sistemas elétrico, sanitário e contra incêndio, realocação de banheiros e melhorias na acessibilidade. Os jardins receberam drenagem e novo paisagismo. O financiamento ainda contempla a construção de um prédio aos fundos do terreno, denominado de anexo, que abrigará parte do acervo do museu e também a área administrativa.

“A importância deste museu é inegável para a história do nosso país todo, como a história da imigração e da colonização. Ele tem aqui grandes peças, obras de arte disponíveis para a população do país, não só de Joinville. É um equipamento turístico cultural para todos os brasileiros”, pontua a presidente do Iphan, Larissa Peixoto.

Joinville reabre o Museu Nacional de Imigração e Colonização
Foto: TripAdvisor

Joinville reabre o Museu Nacional de Imigração e Colonização

Tombado pelo Iphan desde a década de 1930, o Palácio dos Príncipes já foi conhecido como “Maison de Joinville” e foi projetado para servir à administração da Colônia Dona Francisca. O projeto da casa foi elaborado por Frederico Bruestlein, administrador dos bens do Príncipe de Joinville e sua construção durou de 1867 a 1870, se tornando uma unidade museológica em 1957. O Museu Nacional da Imigração e Colonização foi fundado 4 anos depois, em 1961, sendo criado para recolhimento de todos os objetos que recordassem a imigração no Sul do país, e também de todos os documentos e publicações.

O estilo da construção é neoclássico e possui três pisos. O primeiro piso possui como exposição a Sala de Visitas, a Sala de Jantar, as vitrines de porcelanas e prataria além da Sala de Audiovisual. O segundo piso conta com a Sala de Chegada, Galeria de retratos de imigrantes da cidade, salas com exposições de escritórios, artigos religiosos, louças, peças de banheiro e quartos. No terceiro piso há a Sala de Música, exposições de peças de construção, bandeirolas e peças do universo feminino.

Joinville reabre o Museu Nacional de Imigração e Colonização
Foto: TripAdvisor

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O que tem no Museu Nacional da Imigiração

Do lado de fora, no quintal, o chamado Galpão de Tecnologia Patrimonial foi construído em 1963 com base na técnica Enxaimel e tem cerca de 280 metros quadrados. Apresenta vários engenhos e maquinários de trabalho e técnicas dos imigrantes germânicos, bem como dos luso-brasileiros e açorianos que já viviam na região de Joinville.

Já o Galpão de Transportes, com o visual inspirado nas construções Enxaimel, foi construído em 2006 e aberto ao público em 2007. Possui mais de 250 metros quadrados e nele estão vários meios de transporte usados em Joinville. As carroças expostas retratam um período longo da história da cidade, desde a segunda metade do século 19 até a década de 1970. Destaque para os carros fúnebres, carro de noivos, carro do padeiro e o carroção de São Bento (São Bentowagen) que trazia produtos, principalmente erva-mate, da região de São Bento do Sul para Joinville via Estrada Dona Francisca.

O terreno mantém ainda uma Casa Enxaimel, construção do início do século 20, que apresenta reconstituição ambiental de uma casa semiurbana com rico mobiliário de carpintaria e decorada aos moldes do século passado. Está presente no Museu desde 1979 e aberta ao público desde 1980. Esta técnica construtiva era comum na Alemanha e consiste basicamente na construção com madeiras entrelaçadas ou encaixadas entre si sem a utilização de pregos, apenas pinos de madeira e preenchidas com tijolos.

O que tem no Museu Nacional da Imigiração
Foto: Arquivo Histórico

Joinville reabre o Museu Nacional de Imigração e Colonização

Onde fica

  • Rua Rio Branco, 229, Centro, Joinville
  • Horário de atendimento ao público: terça a domingo, 10h às 16h
  • Contato: (47) 3453-3499

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