Como se tornar um nômade digital?

Trabalhar de qualquer lugar do mundo, podendo aproveitar os tempos livres para fazer turismo, conhecer novas pessoas e viajar por diferentes lugares. É a vida dos sonhos, principalmente agora que pessoas até então sem muita esperança ou coragem para uma vida virtual perceberam que isso sim é possível. Mas como se tornar um nômade digital? O Viajar é Vida preparou este conteúdo.

Vale ressaltar que o nômade é aquela pessoa que vive de um lado para o outro, sem uma residência fixa por muito tempo ou sem raízes. E o termo digital acompanha o viajante que basta ter uma conexão com a internet, um celular e um notebook para ter praticamente um escritório em qualquer parte do mundo. Basta sentar em um café em Bali ou num barzinho com wifi em Berlim e pronto, bora ganhar o dinheiro do mês, sem abrir mão de conhecer o mundo.

Como se tornar um nômade digital
Foto: Peggy Marco/Pixabay 

Como se tornar um nômade digital? Alguns passos

Antes de tudo será preciso compreender se a sua atividade profissional é viável pela internet. Detalhes como cumprimento de horários x resultados precisam ser colocados na ponta do lápis. Principalmente se você for experimentar a vida em um outro país onde haverá diferença de fuso-horário. Muitas empresas passarão a adotar o trabalho remoto como regra e aí é um bom passo dado neste sonho.

Com isso, não apenas empreendedores, mas muitos trabalhadores conseguirão realizara o sonho de viajar e trabalhar de longas distâncias, até do outro lado do mundo. Basta ter um bom sinal de internet e a autorização do país para isso. É que pouca gente leva em conta, mas ao trabalhar em um país estrangeiro, você precisará de uma autorização que é diferente do visto de turismo. Estar atuando de maneira regular é importantíssimo para não ser deportado ou levar multa.

Foto: Matthias Zeitler/Pixabay

É preciso saber que países estão abertos aos nômades digitais

Com algumas reaberturas pós-pandemia, vários países viram na concessão de visto especial para nômades digitais uma forma de faturar e incrementar o turismo.  É o caso de Barbados, na América do Norte. O governo de lá está estimulando o turismo de longa permanência até pelo cenário ainda incerto do coronavírus. Com isso, você poderia se mudar para lá onde formaria sua base por até 12 meses. E aproveitaria para viagens curtas no próprio país ou países vizinhos, dependendo do grau de gravidade da pandemia.

Diferentes países estão concedendo visto especial

Quem também está abrindo as portas para os nômades digitais é Bermudas. O governo acaba de lançar um visto diferenciado com validade de 12 meses para os interessados em morar no arquipélago e trabalhar ou estudar de maneira on-line. A presença de um público deste tipo contribuiria em movimentar a presença de visitantes que passaria a gastar mais em hospedagem, alimentação e turismo de uma maneira geral.

As regras para se candidatar ao visto especial de Bermudas são ter mais de 18 anos, possuir seguro saúde, ter uma prova do vínculo empregatício ou matrícula em instituição de ensino superior e demonstrar capacidade financeira para se manter.

No México, a duração do visto de residente temporário chega a 4 anos! Com ele você pode morar e trabalhar de maneira legal sem qualquer risco. A permissão inicial é de 12 meses, estendida aos poucos ano a ano. É preciso comprovar renda de mais de R$ 8.300 e saldo na conta de cerca de R$ 140 mil.

Com mar azul turquesa e muito sol, as Ilhas Cayman também estão aptas a receber os nômades digitais. Por lá o período de autorização é até grande: 24 meses! O programa Global Citizen Concierge Program (GCCP) vai aplicar para interessados do mundo inteiro. Os aprovados terão que administrar a hospedagem que podem estar em qualquer uma das três ilhas (Grand Cayman, Cayman Brac ou Little Cayman).

Ilhas Cayman estão concedendo visto especial para nômades digitais
Foto: Willipixel/Pixabay

Dubai também está de olho nos nômades digitais

Lá no outro lado do mundo, Dubai também está criando um programa diferenciado para quem tem interesse e quer aprender como se tornar um nômade digital. Esse novo programa do governo incentiva tanto os trabalhadores remotos quanto suas famílias de permanecer na cidade por até um ano enquanto trabalham para empresas sediadas no exterior.

O visto adotado dá direito a 12 meses e custa US$ 287. Além disso, será necessário pagar pelo seguro médico que tem cobertura válida nos Emirados Árabes Unidos e taxa de processamento por pessoa. A grande vantagem é que o nômade digital e sua família poderão abrir conta em banco local, obter número de telefone, matricular os filhos na escola e ter acesso a todos os serviços públicos disponíveis. Mas nem tudo são flores. O interessado em aplicar o pedido precisa comprovar que está empregado e que recebe pelo menos US$ 5.000 por mês.

O visto para nômades digitais de Dubai tem vários critérios para ser aprovado
Foto: Enjoy The World/Pixabay

Como se tornar nômades digitais em países europeus

Localizada na Europa, a Estônia é vanguarda quando o assunto é conceder visto especial aos nômades digitais. É que foi o primeiro país de todo o planeta a autorizar o trabalho de maneira legal de maneira remota. E ao abrir precedentes virou escola para outros países que perceberam que este tipo de profissional que atua remotamente é o cara que traz renda para as atividades locais.

Pode parecer pouco, mas estão previstos cerca de 1.800 vistos para nômades digitas todos os anos. Embora facilitados, os critérios de emissão são variados e bem consistentes. E podem ser negados caso faltem informações ou o interessado não se enquadre em todos os quesitos.

Outro país europeu, a Geórgia lançou agora em julho de 2020 esta nova modalidade de visto. A diferença de outros países, é que o visitante pode ficar a partir de 6 meses por lá. O visto de turismo para o país tem duração de 12 meses, mas, lembre-se, com ele não é possível trabalhar!

Outro país europeu com visto para imigrantes empreendedores é Portugal. Chamado de D2 faz parte de um programa especial para empreendedores estrangeiros que concede residência temporária para trabalhadores independentes. O critério de aplicação é mostrar que suas habilidades de trabalho são necessárias no país.

Na Europa vários países estimulam a como se tornar um nômade digital. A Estônia abriu a lista em todo o mundo.
Foto: Makalu/Pixabay

Como se tornar um nômade digital: outros países da Europa têm permissões de trabalho

Na República Tcheca o visto de longa duração está voltado a pessoas interessadas em fazer negócios. Com ele é possível ficar até 12 meses e você terá que já chegar no país para usufruir desta permissão com a moradia resolvida. Esta é uma das condições para autorizar a entrada.

Na Alemanha, a autorização não é exatamente para nômades digitais e sim para visitantes que desejem ficar mais tempo e atuarem em suas atividades autônomas e de freelancers. Chamado de Freiberufler, esta autorização permite ficar no país por até 3 anos. Apesar de parecer simples, o governo necessita considerar seu trabalho como freelancer liberal ao invés de uma profissão comercial.  E uma vez dentro do país com esta permissão, você passará a pagar impostos ao governo alemão. Nos critérios de seleção estão também apresentação do comprovante de renda, seguro viagem e cartas de recomendação dos empregadores anteriores.

Nesta mesma linha da Alemanha, a Espanha concede o visto de autônomo com duração de 12 meses. Para tentar a permissão, os interessados terão de declarar o emprego e passar na verificação de antecedentes criminais.

Na República Tcheca o nômade digital pode ficar até 12 meses com a permissão especial
Foto: FelixMittermeier/Pixabay

Você também tem o sonho e aprendeu aqui como se tornar um nômade digital? Tomou coragem e vai partir? Conte seus anseios para o Viajar é Vida! Quem sabe você vira um correspondente internacional?!


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