Um incidente com o navio que ficou encalhado e o mundo voltou os olhos para o Egito, sem nunca sequer ter ouvido sobre aquela região. O que pouca gente sabe ainda é que há outros locais parecidos com o Canal de Suez pelo mundo. Eles foram criados como rotas para reduzir o prazo das viagens e facilitar o tráfego de mercadorias entre as diferentes partes do planeta. Desenvolvidos (pela engenharia ou pelo senso prático) para ajudar a construir a história, deixando para trás as extensas e perigosas rotas que necessitavam muito mais tempo para serem cumpridas. Apesar de serem consideradas obras dos tempos modernos, algumas são já centenárias e verdadeiros marcos globais. O Viajar é Vida destaca os outros locais parecidos com o Canal de Suez.
Outros locais parecidos com o Canal de Suez? Que tal começar pelo Estreito de Ormuz?
Outra obra de engenharia parecida com o Canal de Suez é o Estreito de Ormuz, considerado um dos mais estratégicos pilares para o comércio marítimo do planeta. É que ele faz a conexão de produtores de petróleo do Oriente Médio com os mercados de Ásia (Pacífico), Europa e América do Norte.
Ele liga o Golfo Pérsico ao Golfo de Omã e ao Mar da Arábia. No Golfo de Omã estão países como Irã, Kuwait, Arábia Saudita, Bahrein, Catar e Emirados Árabes Unidos. São cerca de 160 quilômetros de extensão e é uma passagem natural, sem controle de qualquer país. No trecho mais estreito, Omã e Irã são separados pelas águas em cerca de 33 quilômetros de extensão.
O principal conteúdo das cargas é petróleo tirado da Arábia Saudita com destino a países como Índia, Japão, Coréia do Sul, China e Singapura. E sem “dono” é de se esperar que seja uma região conflituosa. Se alguém tentar bloquear o local, coloca em xeque pelo menos 20% da oferta mundial de petróleo.
Canal do Panamá também na lista de outros locais parecidos com o Canal de Suez
Na lista de outros locais parecidos com o Canal de Suez está o Canal do Panamá. Inaugurado em 1914, tem como grande diferencial ter sido construído com eclusas, que são tanques de água que se enchem até que o navio suba alguns níveis e possa seguir para o próximo tanque.
Claro que esta construção foi uma revolução para o comércio marítimo. Ela passou a ser o menor percurso entre os Oceanos Atlântico e Pacífico e um marco de engenharia para a América Latina. Como no Canal de Suez, o Canal do Panamá tem grande responsabilidade sobre o comércio global, já que cerca de 6% de tudo passa por esta região do planeta. São cerca de 13 mil navios todos os anos passando pelas eclusas. Segundo as autoridades marítimas, o Canal do Panamá está em 144 rotas de tráfego marítimo, ligando 1,7 mil portos de 160 países.
O mais comprido de todos é o Estreito de Malaca
O maior dos lugares desta lista é o Estreito de Malaca e seus 930 quilômetros fazendo a ligação entre o Pacífico e o Índico. Em relação à largura, na parte mais estreita (em Singapura) chega a 3 quilômetros. Pelo menos 84 mil navios cruzam anualmente o lugar, segundo a BBC Brasil. Isso equivale a 25% de todo o comércio marítimo mundial.
Ele é fundamental para o escoamento da produção e abastecimento de países como China, Japão e Coréia do Sul, além dos emergentes do Sudeste Asiático como a própria Singapura.
Outros locais parecidos com o Canal de Suez: a porta de entrada da África
O Estreito de Gibraltar é a porta de entrada da África. O canal liga o Mar Mediterrâneo com o Oceano Atlântico e fica no extremo sul da Espanha e o Marrocos, no noroeste da África. Tem 58 quilômetros de comprimento e na parte mais estreita possui 13 quilômetros de largura. O estreito é uma fossa importante, com uma média de 365 metros de profundidade no arco formado pela cordilheira do Atlas do Norte da África e o alto planalto da Espanha.
Chegou a ser chamado na antiguidade como “Os Pilares de Hércules”, já que segundo a mitologia grega, Hércules precisava transpor um estreito marítimo para cumprir suas tarefas. O estreito representa uma importante rota de navegação do Mediterrâneo para o Atlântico com tráfego anual de 85 mil navios. Além disso, há balsas que fazem a travessia, operando entre Espanha e Marrocos, Espanha e Ceuta, e Gibraltar para Tânger, através do estreito.
Estreito de Bering está sob controle militar russo
A ligação entre os Oceanos Pacífico e Ártico, entre Rússia e Estados Unidos lá no topo do globo terrestre é o Estreito de Bering. O nome é uma homenagem a Vitus Jonassen Bering, um explorador dinamarquês de nacionalidade russa que atravessou o estreito em 1728 e descobriu o Alasca.
A ciência estuda se o estreito seria a ligação dos seres humanos entre Ásia e América do Norte através de uma ponte de terra conhecida como Beringia. Quando o nível dos oceanos baixou na última era do gelo, ocorreu uma recessão das águas dos oceanos. A área do estreito transformou-se numa ponte natural entre a Ásia e as Américas como o resultado de geleiras bloqueando vastas quantidades de água deixando o mar raso.
A visita neste local ocorre apenas com autorização, porque virou uma área militar controlada. Todas as chegadas devem ser realizadas através de um aeroporto ou de um porto de cruzeiros, perto do estreito de Bering e somente pelas cidades russas de Anadyr ou Provideniya. Os viajantes não autorizados que chegarem em terra após atravessar o estreito (mesmo aqueles com visto) podem ser presos, multados, deportados ou proibidos de realizar visitas futuras.
Mais sobre o Canal de Suez
O Canal de Suez é o principal exemplo graças à visibilidade que ganhou. Foi inaugurado em 1869 para funcionar como um “portal” de ligação entre o Oriente e o Ocidente. Ele tem 193 quilômetros de extensão e faz a conexão entre o Mar Mediterrâneo e o Mar Vermelho. Num mundo antes do Canal de Suez (ou durante a operação de desencalhe do navio Ever Given), a viagem ao redor de toda África levaria ao menos uma semana a mais. Levaria mais tempo e seria mais custosa, já que isso tornaria o percurso mais caro.
O local é tão importante para a economia mundial, que em 2020 foram mais de 19 mil navios que circularam por aqui, o equivalente a 12% de toda a economia mundial em cargas marítimas. Inclusive de petróleo. O Canal de Suez é importante para o abastecimento da Europa.
Desde que foi aberto, por apenas três vezes o Canal de Suez precisou ser fechado. Nas outras duas vezes foi por conflito político, embora o volume de cargas da época não tivesse tamanha relevância ou quantidade quanto agora.
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