Guia turístico da Ilha do Campeche em Floripa

Toda a capital catarinense tem paisagens que deixam qualquer pessoa, mesmo as já acostumadas, boquiabertos! Mas quando se trata desde ilha, localizada próximo à Ilha de Santa Catarina, daí não tem quem não se encante. Neste guia turístico da Ilha do Campeche em Floripa, o Viajar é Vida trará informações para facilitar o seu passeio de reconhecimento deste local que mais parece um trechinho do Caribe em pleno litoral catarinense.

Para começar, vamos de informações gerais que são bastante relevantes: a Ilha do Campeche fica cerca de 1 quilômetro e meio de distância na direção leste da Ilha de Santa Catarina (nome dado à ilha que abriga parte da cidade de Florianópolis). Desde 2009, o Instituto do Patrimônio

Histórico e Artístico Nacional (Iphan) mantém portaria que define uso e conservação deste espaço natural. Isso significa que há regras de uso e exploração e que o Viajar é Vida irá detalhar neste guia turístico da Ilha do Campeche em Floripa.

O lugar possui apenas uma praia, que fica na parte Oeste, ou seja, de frente para a capital catarinense. Embora tenha apenas esta praia disponível, o interior da ilha tem outros atrativos, como um incrível e diversificado sítio arqueológico. Segundo dados históricos, datam de 5000 a 3500 a.C. Para chegar a eles, o visitante passa por algumas trilhas que são possíveis apenas na presença de guias especializados e após o pagamento de taxa de visitação para contribuir na conservação do material.

Esse acompanhamento do Iphan também determina a quantidade de visitantes por dia. O número de desembarques é de 770 pessoas durante os meses de março e novembro e pode chegar a 800 visitantes de dezembro a fevereiro.

Guia turístico da Ilha do Campeche em Floripa
Foto: redes sociais da Acompeche

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Como chegar? Veja agora no guia turístico da Ilha do Campeche em Floripa

O site da Acompeche (Associação Couto de Magalhães de Preservação da Ilha do Campeche) diz que a visitação ao lugar está condicionada às condições climáticas, podendo ser fechada a qualquer momento, por motivos de segurança dos visitantes e de conservação do patrimônio. Claro que a única forma de se chegar à Ilha do Campeche é por via marítima. Os barcos partem de três lugares diferentes: da Armação, da Barra da Lagoa e do Campeche.

Praia da Armação – o transporte é realizado em embarcações de pesca artesanal, licenciadas pela Capitania dos Portos e o trajeto dura entre meia hora e 40 minutos. Valor: entre R$ 75 e R$ 120 por pessoa. Crianças até 5 anos não pagam.

Praia do Campeche – por estar em frente à ilha, o transporte é realizado por botes infláveis e o percurso dura entre 10 e 15 minutos. Valor: entre R$ 100 e R$ 150.

Praia da Barra da Lagoa – percurso realizado em embarcação fechada, com duração de 1 hora e 20 minutos. Valor: entre R$ 100 e R$ 150.

(**) Importante: consulte os preços antes de ir. Estes foram consultados em janeiro de 2022. O Viajar é Vida não se responsabiliza por estes dados, que podem sofrer variação a qualquer momento.

Veja os endereços

  • Praia da Armação – Associação de Pescadores
  • Av. Antônio Borges dos Santos, 855
  • Contato: (48) 98430-4097
  • Associação de Transporte da Barra da Lagoa
  • Contatos: Aquarium (48) 99628-9911, Lagomar (48) 99640-6840 e Querubim (48) 98483-5257
Como chegar? Veja agora no guia turístico da Ilha do Campeche em Floripa
Foto: redes sociais da Acompeche

Para se deslocar até a Praia da Armação, a sugestão da Acompeche é:

De carro – partindo do Centro de Floripa, o trajeto leva em torno de 40 minutos e há estacionamento público e pago para deixar seu veículo.

De ônibus, do TICEN (Terminal de Integração do Centro de Florianópolis) – fazer o percurso do TIRIO (Terminal de Integração do Rio Tavares). Deslocamento estimado em 1 hora. Os horários podem ser vistos aqui.

1. Linhas de ônibus para o Terminal de Integração do Rio Tavares a partir do TICEN: 410 – TIRIO/TICEN direto ou 430 – TIRIO/TICEN via costeira.

2. Linhas de ônibus para a Praia da Armação a partir do TIRIO: 564 – Pântano do Sul, 563 – Costa de Dentro ou  562 – Costa de Cima.

Para se deslocar até a Praia da Armação, a sugestão da Acompeche é:
Foto: redes sociais da Acompeche

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Guia turístico da Ilha do Campeche em Floripa mostra o paraíso

Quem chega à Ilha do Campeche acredita ter chegado no paraíso. Costões e morros forrados de Mata Atlântica trazem o verde que confronta com o mar azul turquesa e límpido. A areia da orla é fina e muito clara e a praia possui poucas ondas, ideais para mergulhos e a diversão de crianças sem riscos. São cerca de 400 metros de extensão e o único local onde os viajantes podem permanecer. Esta é a chamada Praia da Enseada.

Ao se programar para passar o dia, é importante levar em conta que há apenas um restaurante no lugar que fica aberto durante todo o verão. Mas ele é a única fonte de alimentação e bebida de toda a ilha, que pode receber até 800 pessoas por dia. Por isso, leve também lanche e água na mochila, incluindo frutas frescas que possam ser consumidas por lá. Você pode inclusive levar cadeira de praia e guarda-sol, isso não é proibido. Na alta temporada há serviço de salva-vidas na praia.

A Acompeche fica na própria ilha e foi criada em 1940. É uma associação civil, sem fins econômicos, de natureza social com enfoque recreativo, cultural e ecológico, reconhecida de Utilidade Pública Estadual e Municipal. Foi constituída inicialmente como clube de caça, pesca e tiro, mas sofreu transformações para tornar-se numa associação voltada à preservação dos valores familiares em harmonia com o patrimônio histórico, cultural e ambiental da Ilha do Campeche. Para os visitantes, serve para doar apoio durante a estadia no local. Boa parte das informações sobre o lugar foram obtidas com eles. Como a possibilidade de alugar cadeira de praia e guarda-sol por lá.

  • Cadeira R$ 20
  • Guarda-sol R$ 25
  • 2 Cadeiras + guarda-sol R$ 60

Cerca de 5% do lucro é revertido ao Fundo de Conservação da Ilha do Campeche. São aceitos cartão de crédito e de débito.

Outras informações relevantes sobre seu planejamento de viagem

  • Faça sua reserva até às 12 do último dia útil anterior à viagem
  • O passageiro deve chegar ao trapiche com 15 minutos de antecedência
  • É obrigatório o uso de colete salva-vidas
  • É obrigatório permanecer sentado durante a viagem
  • Não é permitido fumar ou beber a bordo
  • O desembarque é molhado. Não há trapiche na Ilha do Campeche
  • É obrigatório o uso da pulseira de identificação

Há regras a serem seguidas ao desembarcar na Ilha do Campeche

Com o foco na preservação e exploração turística dentro de um patamar que não afete a conservação do espaço, também foram impostas algumas regras:

  • Não pode acampar
  • Não pode fazer churrasco, nem fogueiras ou fogos de artifício
  • Não pode levar ou coletar animais, conchas ou plantas
  • Não pode alimentar os quatis
  • Não pode percorrer as trilhas sem guias
  • Não pode levar alimentos e bebidas em latas ou garrafas, principalmente alcoólicas, exceto água e isotônicos
  • Não pode subir nas pedras e costões nas extremidades norte e sul da praia
  • Não pode ficar fora do horário que é das 9h às 17h

Trilhas levam a achados históricos

Se você for para lá esperando apenas desfrutar da natureza, saiba que poderá ter uma boa surpresa histórica. Dados do Iphan mostram que são mais de 100 inscrições rupestres na ilha, distribuídas em 10 sítios arqueológicos. Apesar dos regramentos em 2009, desde 2000 a Ilha do Campeche é tombada como Patrimônio Arqueológico e Paisagístico Nacional.  As pesquisas arqueológicas mostram que o lugar sozinho possui mais inscrições rupestres que a Ilha de Santa Catarina, a Ilha do Arvoredo e a Ilha das Aranhas, todas juntas. Os sinais deixados pelos povos de antigamente são basicamente símbolos geométricos, flechas, zoomorfos, antropomorfos e as máscaras, também encontradas nos costões da Praia do Santinho e que, inclusive, servem como marca do resort que fica naquele local.

Mostra a história também que antes da participação do Iphan, a Ilha do Campeche era ocupada e os antigos visitantes acabaram inserindo alguns animais exóticos para exterminar a quantidade de escorpiões presentes no local. Também foram levados macacos, galinhas e patos, o que contribuiu com o desequilíbrio ecológico da ilha.

Quando o Iphan chegou com este objetivo da conservação, os macacos e patos foram eliminados da Ilha. Mas os quatis foram mantidos e chegam a ser um problema. Eles comem minhocas, frutas e insetos e também ovos de pássaros como o tiê-sangue, que está ameaçado de extinção. E com a chegada dos turistas, eles querem os alimentos trazidos por eles ou dado por eles como as sobras do restaurante, incluindo batata frita, salgadinhos, arroz e peixe frito.

Entre as proibições está a alimentação dos quatis. Não faça isso! Você pode contribuir ainda mais com os problemas da Ilha do Campeche. Os quatis não devem ser alimentados com algo além do que já têm na natureza porque senão passam a vasculhar as lixeiras, mordem as pessoas e trazem riscos de doenças como a raiva. Sem contar o impacto ambiental já que cumprem um papel ecológico ao comer frutos locais e disseminarem as sementes em suas fezes em outros cantos, contribuindo com a manutenção da flora.

O paraíso é ainda o paraíso porque há conscientização. E se você for visitar, não se esqueça também que o lugar não possui lixeiras ou local para descarte de qualquer tipo de lixo. Por isso, recolha o seu e traga de volta para Florianópolis.

É possível fazer trilhas e você entende como aqui no guia turístico da Ilha do Campeche em Floripa

Sim, você pode circular pelas trilhas, mas para isso precisa contratar guias autorizados pelo Iphan. Eles é que levarão você até as trilhas pelos costões, pelos sítios arqueológicos e pelos monumentos rochosos do lugar. O valor varia por passeio entre R$ 10 e R$ 30 por pessoa. Os mais longos precisam ser agendados previamente e o viajante deve estar com calçado apropriado para fazer a trilha, como tênis. São percursos longos que exigem também bom condicionamento físico.

Outra atividade possível é o mergulho com duração de 1h30min e acompanhamento de guia por grupo de no máximo 4 pessoas. O passeio custa R$ 60 por pessoa, com roupa de neoprene, máscara, snorkel e nadadeiras já incluídos neste valor.

Veja os contatos para mais informações sobre a Ilha do Campeche

  • Programa de Visitação e Conservação da Ilha do Campeche – Centro de Informações
  • Contato: (48) 98416-8476 (das 9h às 13h).
  • Mergulho e trilhas
  • Contato: (48) 98416-8476
  • Restaurante
  • Contato: (48) 98449-4345

Onde ficar? Veja o que diz o guia turístico da Ilha do Campeche em Floripa

A Ilha do Campeche não autoriza visitantes depois das 17h. Por isso, as sugestões do Viajar é Vida são para hospedagens na região da Praia do Campeche, na Ilha de Santa Catarina, ou mesmo no Centro da capital. Não se esqueça ainda das possibilidades via AirBnB ou Couchsurfing.

De categoria 3 estrelas e pertinho do mar está o Hotel Natur Campeche. É uma alternativa bem descontraída com suítes e apartamentos em dois edifícios separados e com hidromassagem e piscina externas.

Para quem curte a vibe do compartilhamento (que, aliás, é a cara do clima praiano de Floripa), vai adorar se hospedar no On The Road Hostel Campeche. Com quartos coletivos, o espaço apresenta uma ótima experiência numa das mais belas praias de Santa Catarina.

Já na região central, o Cecomtur Hotel está há muitos anos servindo de meio de hospedagem para turistas do Brasil e do Exterior. Além de toda a estrutura, mantém um restaurante e piscina na cobertura. É o local onde é servido o café da manhã, por exemplo, para o seu dia já começar com uma bela vista da capital catarinense.  O site do Floripa Convention & Visitors Bureau também traz outras sugestões.

Veja os endereços

  • Cecomtur Hotel
  • Rua Acirpreste Paiva, 107, Centro
  • Contato: (48) 99827-9639

Você já teve experiências na Ilha do Campeche? É realmente tudo aquilo que se ouve falar dos outros? Se você tem mais dicas e informações sobre este paraíso, compartilhe nos comentários do Viajar é Vida. Vamos trazer mais sugestões e orientações para aqueles que estão se planejando para conhecer este cantinho encantador de Santa Catarina.


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