Como funciona a fronteira de Santa Catarina com a Argentina

Nem toda viagem internacional precisa ser de avião. No Brasil temos a chance de conhecer alguns países por via terrestre. Alguns estados estão do ladinho de países vizinhos e o Viajar é Vida mostra agora como funciona a fronteira de Santa Catarina com a Argentina. Ao todo, 9 municípios do Oeste catarinense fazem fronteira com o país vizinho: Itapiranga, Tunápolis, Santa Helena, Bandeirante, Paraíso, Guaraciaba, São José do Cedro, Princesa e Dionísio Cerqueira. Destes locais, em apenas 2 há postos de controle de entrada e saída. E o de Paraíso fica aberto apenas na alta temporada, quando há um fluxo grande de turistas argentinos para entrar no Brasil ou de brasileiros em busca de visitar a Argentina.

Entrar legalmente no país vizinho é uma obrigação de quem ultrapassa a fronteira, para evitar contratempos com a Polícia Federal. Por isso, toda e qualquer viagem que ultrapasse as fronteiras exige a apresentação de documentos nos postos de controle. De posse do RG (ou passaporte), a Carteira Nacional de Habilitação (para o motorista do carro) e do Seguro Carta Verde (seguro obrigatório que resguarda seu veículo durante a viagem ao país vizinho), você pode ingressar em território argentino. Se estiver acompanhado no carro, todos precisam mostrar o RG ou CPF, para registro de saída do Brasil.

Como funciona a fronteira de Santa Catarina com a Argentina
Arte: Santur

O que precisa para atravessar a fronteira da Argentina?

Reaberta depois do fechamento em razão da Covid-19, a fronteira entre os dois países necessita de documentos que serão apresentados à equipe de controle. Os viajantes brasileiros que desejarem entrar em território argentino, precisam apresentar os seguintes documentos:

  • Carteira Nacional de Habilitação (CNH) para quem estiver dirigindo o veículo
  • RG ou Passaporte válido de todos que estiverem no carro
  • Seguro obrigatório Carta Verde (seguro especial que dá segurança a acontecimentos como acidentes e furtos fora do Brasil).

Por aqui há funcionários brasileiros e argentinos, então, o idioma mescla o português e o espanhol, quando não o portunhol. Você conseguirá entender!

O que precisa para atravessar a fronteira da Argentina?

Como funciona a fronteira de Santa Catarina com a Argentina. Conheça a região Oeste catarinense

A região catarinense tem um forte planejamento para execução de atividades turísticas. As 9 cidades fazem parte do que o governo de Santa Catarina chama de Caminhos da Fronteira. Mesmo que o território catarinense possa ser percorrido de ponta a ponta em poucas horas e a distância do extremo Oeste com a capital Florianópolis ser em torno de 700 quilômetros, a cultura e os hábitos são totalmente diferenciados.

Dionísio Cerqueira, que é onde fica a aduana, foi colonizada por italianos e alemães, mas vindos do Rio Grande do Sul. Ou seja, já estavam no Brasil, embora ainda em busca de se estabelecer melhor. Encontraram Dionísio Cerqueira e desde os antepassados vêm divulgando as belezas de suas cachoeiras com piscinas naturais que explicam o movimento cada vez maior no município. A cidade pertenceu a Chapecó até se desmembrar no final de 1953.

A atração turística mais curiosa é o Marco das Três Fronteiras, onde é possível estar ao mesmo tempo em três cidades e dois países: um pé em Dionísio Cerqueira, no lado catarinense, outro em Barracão, no Paraná, e o braço esticado sobre Bernardo de Irigoyen, na província argentina de Misiones.

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Quais os principais atrativos de Dionísio Cerqueira

Com apenas 14 mil habitantes, Dionísio Cerqueira está a 830 metros de altitude e possui um clima bem variado, com as estações bem definidas ao longo do ano. O verão é muito quente e o inverno muito frio, por isso, dependendo da estação, não se esqueça de ajustar bem o que for levar na mala.

Entre as atividades, estão algumas relacionadas ao contato com a natureza e outras relacionadas ao dia a dia da comunidade local. Veja alguns locais para visitação na cidade:

Cachoeira Assentamento da Fronteira – localizada no Assentamento Conquista da Fronteira, possui trilha ecológica com quatro cachoeiras, sendo a última delas com 62 metros de altura, uma das mais altas da região. Há operadoras de turismo locais que servem de guias.

Cachoeira do Toldo – distante cerca de 8 quilômetros por estrada de chão do Centro da cidade, oferece além das belezas naturais, área com churrasqueira, açudes e camping.

Parque Turístico Ambiental de Integração – mas pode chamar também apenas de Lago Internacional. Fica no bairro Nascente do Peperi e tem cerca de 3 mil metros lineares o que o torna o principal ponto turístico da cidade e por estar sobre a tríplice fronteira. Surgiu depois da revitalização da nascente do Rio Peperi Guaçu, que resultou no lago com espaços para atividades recreativas, culturais, gastronômicas, comerciais e até esportivas.

Cânion São Vendelino – formado por rochas, a cachoeira de 18 metros de altura encanta pela força da água e pelos buracos formados por ela nas rochas e lajes encontradas neste trecho do Rio Tracutinga. Está localizado a 18 quilômetros do Centro de São José do Cedro e a poucos quilômetros da divisa com o município de Palma Sola.

Parque Provincial Urugua-i – localizado na província de Misiones, no nordeste da Argentina, mantém uma área de Mata Atlântica do Alto Paraná na bacia superior do Rio Urugua-í. Tem uma área de 84 mil hectares o que o torna a terceira maior área protegida da Mata Atlântica do Alto Paraná, depois do Parque Nacional do Iguazú, na Argentina, e do Parque Nacional do Iguaçu, no Brasil.

Gran Mestri – que tal conhecer uma fábrica de queijo? Na Gran Mestri, situada na vizinha Guaraciaba, você pode entender melhor sobre o processo de industrialização deste queijo de qualidade italiana e alma brasileira.

Quais os principais atrativos de Dionísio Cerqueira
Foto: Turismo Dionísio Cerqueira
Quais os principais atrativos de Dionísio Cerqueira
Foto: Wikipedia
Quais os principais atrativos de Dionísio Cerqueira
Foto: Wikipedia

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Além da viagem internacional, é possível fazer a viagem interestadual

Se quiser aproveitar para visitar além da região Oeste catarinense e do país vizinho, o turista poderá atravessar a divisa com o Paraná, para ir conhecer a cidade de Barracão. O nome está relacionado a uma hospedaria que servia como ponto de descanso dos tropeiros no passado. São 11 mil habitantes e uma economia baseada na produção de grãos, leite e há ainda uma boa representação em comércio exterior devido à proximidade com a Argentina.

Como nos municípios do Oeste de Santa Catarina, é possível fazer atividades ao livre nos arredores do Lago da Integração Brasil/Argentina. Por aqui é possível fazer caminhadas ou pedaladas, mas se optar por algo ainda mais em contato com adrenalina e natureza, há opções de trilhas, canyoning, cavalgadas e mergulho nos rios e cachoeiras locais.

As duas cidades não possuem um marco físico que as divide, então, observar os postes pode ser uma boa saída para entender se você está em Santa Catarina ou no Paraná. Em território catarinense os postes são roliços e no paranaense quadrados.

Onde comer?

Deliciosas pizzas, diferentes sabores de esfihas e os melhores drinks são servidos na Big Pizza e Esfiha Choperia. Com um atrativo a mais que é a vista do lago, vale conhecer e se deliciar. Para conhecer gente, tomar uma bebida e se deliciar com uns petiscos, o Frog Lounge é outra alternativa em Dionísio Cerqueira. De terça a quinta funciona de 17h até 1h30min.. Às sextas, sábados e domingos o funcionamento é das 17h às 4h.

Para os amantes da cozinha internacional, o Yume Sushi Lounge é uma boa alternativa para quem visita Dionísio Cerqueira. Está localizado no Lago Internacional, um dos pontos turísticos das cidades gêmeas Dionísio Cerqueira (Brasil) e Bernardo de Irigoyen (Argentina) e oferece o serviço à la carte todos os dias com pratos tradicionais da culinária oriental, como Sukiaki, Teishoku, Tempura, Yakisoba e Teppanyaki. De segunda a sábado, o restaurante também dispõe de bufê livre ou por quilo com saborosas opções de saladas e pratos quentes para o almoço.

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Veja os endereços

  • Yume Sushi Lounge
  • Rua República Argentina, 7 – Sala 01, Centro
  • Contato: (49) 3644-1593

Onde ficar?

Um dos locais para hospedagem é o Hotel Iguaçu que fica a 200 metros da fronteira com a Argentina e a 300 metros do Free Shop. Todas as acomodações são padronizadas e confortavelmente agradáveis, com recepção em atendimento 24 horas.

De nível 4 estrelas, o Hotel Franco é outra alternativa para onde ficar em Dionísio Cerqueira. São 96 apartamentos com infraestrutura para bem receber o visitante e o local dispõe também de um bar chamado de Nosso Segredo localizado na cobertura e o restaurante Terra, ambos abertos também ao público.  

Um pouco adiante na BR-163, já na cidade vizinha de São José do Cedro fica o Cedro Palace, um hotel tranquilo, que inclui um café simples e acomodações básicas, algumas com varanda e hidromassagem.

Veja os endereços

  • Hotel Iguaçu
  • Rua Mário Cláudio Turra, Centro
  • Contato: (49) 3644-1029 e (49) 98401-7963
  • Hotel Franco
  • Av. Paraná, 10 – Centro
  • Contato: (49) 3644-2682

Como chegar a Dionísio Cerqueira para ver como funciona a fronteira de Santa Catarina com a Argentina

O acesso à cidade se dá pela BR-163. Quem vem do litoral catarinense, o acesso pode ser tanto pela BR-470 (região de Navegantes, Itajaí…) ou pela BR-282 (Palhoça, Garopaba…) e depois a BR-163. Para quem vem do Norte (Joinville, Jaraguá do Sul…), a melhor opção é a BR-280.

De avião, o aeroporto mais próximo é o Aeroporto Serafim Enoss Bertaso de Chapecó, distante 210 quilômetros. Outra possibilidade é desembarcar em Pato Branco, no Paraná, que fica cerca de 120 quilômetros de Dionísio Cerqueira.

Principais distâncias

  • Florianópolis – 725km
  • Blumenau – 614km
  • Joinville – 694km
  • Chapecó – 200km
  • Lages – 497km
  • Criciúma – 690km
  • Porto Alegre – 648km
  • Curitiba – 570km
  • São Paulo – 1.177km
  • Brasília – 1.729km

Você já tinha lido sobre a cidade de Dionísio Cerqueira?  Entendeu como funciona a fronteira de Santa Catarina com a Argentina? Se tiver mais dúvidas, deixe nos comentários para a equipe de produção do Viajar é Vida.


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