Por que fazer turismo astronômico no Chile?

O país da América do Sul virou o grande roteiro do astroturismo por conta das condições geográficas, já que possui um dos céus mais abertos de todo o planeta. Mas, por que fazer turismo astronômico no Chile? Para estar em contato com a ciência, entender melhor da astronomia, observar o espaço como você provavelmente nunca observou e se orgulhar de aprender sobre algo tão incrível.

Em todo o território chileno, há vários telescópios e observatórios espalhados, garantindo a presença de milhares de cientistas e um número cada vez maior de viajantes. Segundo o governo do Chile, são dezenas de estruturas que, com diferentes graus de precisão e de alcance, permitem apreciar com maior detalhe as maravilhas do universo.

“Por que fazer turismo astronômico no Chile?”

Foto: Cristina LaFee/Pixabay

Chile quer ser o principal destino de turismo astronômico do mundo

Desde 1998 o país ganha visibilidade neste tema, foi quando foi aberto à visitação o Mamalluca, o primeiro observatório astronômico turístico do país que é também o mais visitado entre eles. Há um trabalho governamental para instituir o país no topo da lista de destinos mundiais sobre o astroturismo até 2025.

Isso ocorre não apenas pelo céu mais limpo, mas também pela diversidade de estruturas. Os viajantes podem conhecer sobre o desenvolvimento científico visitando alguns dos projetos internacionais mais importantes, como o ALMA ou o observatório Paranal, que organizam visitas a seus centros de operações.

Além disso, aqueles que querem ter a oportunidade de aprender, e também de observar fenômenos astronômicos, podem visitar um dos mais de 30 observatórios turísticos localizados ao longo do Chile.

Cidade de Antofagasta é um dos centros de observação do turismo astronômico

A cidade que mantém a atividade portuária como uma das principais atividades, e também é reconhecida como capital regional de uma zona mineira no deserto de Atacama, no norte do Chile, está entre as que tem maior quantidade de observatórios científicos. Aqui estão, por exemplo, o ALMA e o Observatório Paranal, criados graças a investimentos internacionais. Junto a eles também estão o observatório UCN,da Universidade Católica do Norte, e o Ckoirama e o Nayra, da Universidade de Antofagasta.

Foto: Cristina LaFee/Pixabay

Conheça alguns dos observatórios da região de Antofagasta que estão abertos ao turismo

Observatório Escuela Baquedano: criado em 1º de maio de 2012, tem como meta gerar conhecimento original, expandindo as fronteiras do conhecimento em astronomia. Como parte das atividades de divulgação do Centro de Astronomia, são realizados ciclos de observações astronômicas gratuitas e públicas, bem como visitas guiadas aos observatórios de Nayra e Ckoirama (dependendo da disponibilidade). Existe um outro projeto que foca em explicar por meio da observação as fases da lua.

Observatório Ahlarkapin: localizado em San Pedro de Atacama este observatório tem como meta compartilhar a beleza e a vastidão do céu, única no mundo, devido à profundidade de sua escuridão. Este observatório é particular para turismo e combina astronomia científica tradicional e astronomia andina tradicional. É uma forma de reunir mundos, como a cultura antiga e os tempos modernos.

Observatório Paniri Caur: uma enorme esfera branca é facilmente percebida na entrada da vila de Chiu Chiu. É a cúpula do Observatório Andino de Astronomia “Paniri Caur”, da empresa “Turismo Sol do Deserto”. São realizadas visitas guiadas e excursões a cidades e lugares com visitas a arte rupestre, permitindo crenças e costumes de resgate dos antigos habitantes das terras altas.

Foto: Ondřej Šponiar/Pixabay

Na região do Atacama há outros observatórios para exploração turística astronômica  

O San Pedro de Atacama Celestial Exploration é outro observatório que oferece “passeios” pelas estrelas a cada noite clara, além de uma visita à lua. Com a equipe, os viajantes sem nenhum conhecimento prévio do céu entendam como olhar para ele e também a observar através de poderosos telescópios. Na primeira noite do passeio, são dadas explanações sobre como observar o céu a olho nu. O que vemos quando olhamos para as estrelas, o que é uma constelação, como reconhecer cada uma delas, como ler um mapa do céu e reconhecer as estrelas principais.

Observatório Científico Las Campanas é operado pelo Carnegie Institution for Science de Washington. Está situado na Cordilheira dos Andes, na Região de Atacama, a 27 quilômetros ao norte do Observatório de La Silla. Aqui fica o Telescópio Gigante de Magalhães que estava previsto para começar a operar agora em 2020. Ele utiliza sete dos maiores espelhos ópticos já feitos para formar um único telescópio de 25.4 metros de diâmetro, produzidos na universidade de Arizona. Daqui os cientistas sondam a formação de estrelas e galáxias logo após o Big Bang, além de medir as massas dos buracos negros e tentar descobrir e caracterizar os planetas ao redor de outras estrelas.

Já o Observatório Turístico e Educacional do Município de Diego de Almagro criou uma aliança com as colégios da região para incentivar o surgimento de novos apaixonados pela ciência dos céus.

Foto: grebmot/Pixabay

Por que fazer turismo astronômico no Chile? Porque só a região de Coquimbo possui 11 observatórios

É a região com maior número de observatórios no Chile, são 11 locais turísticos para observação do universo, além de três onde prevalece o trabalho dos astrônomos: Cerro Tololo, La Silla e Gemini-Sur. A lista é extensa, mas o Viajar é Vida destaca alguns deles.

O Observatório Gemini consiste de dois telescópios gêmeos, com espelhos primários de 8 metros de diâmetro, desenhados para operar no óptico e no infravermelho. Estão localizados nos dois melhores sítios astronômicos de nosso planeta: um está na Cordilheira dos Andes, no Hemisfério Sul, e o outro está no Havaí, no Hemisfério Norte Juntos, os dois telescópios podem observar o céu inteiro. Os telescópios Gemini foram construídos e são operados por um consórcio de sete países incluindo os Estados Unidos, Reino Unido, Chile, Austrália, Brasil e Argentina. Este não está aberto à visitação.

Veja a lista dos outros observatórios de Coquimbo

  • Observatório Collowara (Ancadollo)
  • Observatório Cruz del Sur (Combarbalá)
  • Observatório Mamalluca (Vicuña)
  • Observatório Solar do Chile (Vicuña)
  • Observatório Antilhue (Ovalle)
  • Observatório Cancana (Vicuña)
  • Observatório Cielo Sur (Paihuano)
  • Observatório El Pangue (Vicuña)
  • Observatório Chakana (Paihuano)
  • Observatório Cerro Mayu (La Serena)
  • Observatório Alfa Aldea (Vicuña)
  • Observatório Pocuro (Calle Larga)
Foto: Wikimedia Commons

Região de Valparaíso também tem observação astronômica

O Observatório Galileo Galilei pode ser visitado. Ele fica na cidade de San José de Algarrobo, a 7,7 quilômetros da cidade costeira de Mirasol. Foi fundado em 2006 e a cúpula foi uma doação. O lugar realiza diferentes atividades relacionadas a observações astronômicas de seus parceiros ou convidados, geralmente do Instituto de Física e Astronomia da Universidade de Valparaíso. As atividades estão relacionadas principalmente ao estudo de estrelas variáveis, à observação de fenômenos lunares transitórios e ao estudo de curvas de luz em asteróides.

Foto: Wikipedia

A lista é enorme e segue por outras regiões do país. O Chile realmente tem se preparado para se tornar o maior responsável pelo turismo astronômico do planeta. E mesmo em regiões como o Sul do país, onde há muita chuva e nuvens ao longo de praticamente todo o ano, há estações de observação abertas aos viajantes. É o caso da Academia de Astronomia Colégio San Francisco Javier, em Puerto Montt. Agora é só escolher qual região do Chile você quer conhecer ou voltar e se programar. De uma maneira geral, conseguimos responder por que fazer turismo astronômico no Chile? E o Viajar é Vida convenceu você a esta viagem???


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