O que fazer em Bombinhas sem ser praia

A cidade do litoral catarinense respira a “vibe” mar! Mesmo sem a intenção de praia, você sentirá ele durante toda a viagem, seja na paisagem quando passar, ou no cenário que servirá de fundo para uma atividade interna, como um super almoço num restaurante. Neste post, o Viajar é Vida traz dicas sobre o que fazer em Bombinhas sem ser praia.

São pelo menos 130 atrativos com foco na referência histórica e cultural que servem para conhecer bem sobre a colonização, os hábitos e costumes de quem mora nesta linda cidade da Costa Verde & Mar em Santa Catarina. Além disso, há os sabores, o folclore, o patrimônio material e imaterial. Tudo isso pode ser observado e curtido numa viagem incrível para este que é um dos símbolos do turismo no Brasil. Está preparado para se planejar e saber o que fazer em Bombinhas sem ser praia? Vem com a gente.

A praia sempre estará do seu lado, mas confira o que fazer em Bombinhas sem ser praia
Foto: Renato Soares/MTur Destinos

Conhecer a arquitetura, beleza e história das igrejas centenárias locais

Apesar de ser um município com apenas 28 anos de emancipação, Bombinhas pertencia a Porto Belo, uma das primeiras colônias fundadas em Santa Catarina em 1832. Por isso alguns prédios históricos remontam a idade de Bombinhas. É o caso da Capela Nossa Senhora Imaculada Conceição. De 1928, acabou parcialmente destruída depois de atingida por um raio em 1930. E quem disse que um raio não cai no mesmo lugar? Pois a capela foi novamente atingida por raios em 1952 e novamente destruída no final da década de 1970! Hoje está aberta e funcionando. Fica na Rua Chernes, no alto do morro entre os bairros de Bombas e o Centro.

Foto: Setur Bombinhas

O que fazer em Bombinhas sem ser praia: Ateliê de artes

Os cenários paradisíacos de Bombinhas estimulam o fazer artísticos. Por isso a cidade tem vários ateliês que merecem a visita. A galeria Miriam Vaccarelli é um ponto de produção e comercialização das obras da artista plástica que dá nome ao espaço e também e de exposição e venda de obras de outros artistas. Fica na avenida principal do Centro da cidade.

Outro ateliê que recebe visitantes é o de Arte Contemporânea Raphael Langowski. O curitibano é um artista renomado, com exposições fora do Brasil em países como Finlândia, Argentina, Espanha, Reino Unido e França. Em Bombinhas ele expõe parte de sua arte no ateliê que fica na casa onde mora, na Praia do Mariscal. Na mesma região fica também o Ateliê Roger Bally – Casa de Cerâmica. O artista argentino vive e expõe suas obras em Bombinhas desde 2000, utilizando uma técnica própria de cerâmica artística baseando-se em temas da cultural local e da identidade da região.

Também argentino que se inspira nas belezas de Bombinhas é o artista Alejandro Lopez, que mantém um ateliê desde 2005. O espaço é também uma pousada e é lá que ele expõe e vende seus quadros. Ele é fotógrafo há mais de 20 anos e criou sua própria técnica de pintura misturada à fotografia e madeira em alto-relevo.

Foto: Setur Bombinhas

Resquícios históricos e tradição secular são motivos para visitar Bombinhas

Vestígios de pelo menos 2 mil anos estão no que hoje é chamado de Oficinas Líticas da Prainha. São elementos utilizados por humanos para afiar e polir seus equipamentos de ferro e pedra para poder pescar e a caçar. Na Prainha próximo da Praia de Bombinhas é possível encontrar estes vestígios dos primeiros habitantes do litoral catarinense, sendo praticamente um antigo  museu a céu aberto com vestígios de 2 a 4 mil anos atrás. 

É ainda na beira da praia, fica a Cruz da Praia de Fora. A história repassada de pescador para pescador é que uma cruz de madeira apareceu na praia de Quatro Ilhas há cerca de 200 anos. Depois deste surgimento trazido pelo mar, as próximas safras de pescado foram muito fartas. O que fez com que os profissionais do mar mantivessem sempre viva e erguida uma cruz na beira da praia. E anualmente no dia 3 de maio é celebrado o dia de Santa Cruz, data em que as mulheres cujos pais, maridos ou avôs são pescadores, enfeitam a cruz com flores.

Os elementos históricos são fortes atrativos de Bombinhas
Foto: Setur Bombinhas

O que fazer em Bombinhas sem ser praia? Visitar o museu que revela teorias de Darwin

Entre as atrações que respondem à pergunta o que fazer em Bombinhas sem ser praia está o Museu de História Natural Charles Darwin. Desde 2014 o espaço tem como objetivo divulgar as teorias do naturalista britânico Charles Darwin, sobre a origem e a evolução da vida em nosso planeta. São montadas exposições temáticas sobre a natureza e as diferentes formas de vida existentes e a evolução que cada uma delas (as que já foram registradas e as que vêm acontecendo). O acervo possui exposição sobre temas como arqueologia submarina com peças de naufrágios de Bombinhas, arqueologia com esqueletos e artefatos do homem do Sambaqui (Hominídeo pré-histórico habitante do litoral brasileiro desde 8000 anos) e anatomia animal, além de acervo sobre moluscos, geologia, invertebrados terrestres, invertebrados aquáticos  e um laboratório com 10 aquários. O Museu fica junto ao Mirante Eco 360.

O Museu de História Natural revela as teorias de Darwin em Bombinhas
Foto: Setur Bombinhas

Museu comunitário preserva as tradições locais e apresenta os detalhes aos viajantes

A cultura local é muito forte e ainda muito presente no dia a dia da comunidade. E um espaço como o Museu Comunitário Engenho do Sertão é uma forma de apresentar aos visitantes o modo de vida do nativo, mas também contribuir com a preservação dos hábitos para as novas gerações. Os saberes e fazeres da comunidade local podem ser percebidos através de narrativas e objetos da época do povoamento açoriano guardados pelo Instituto Boimamão Preservação e Fomento da Cultura. Ele existe desde 1998 e assegura a preservação da memória cultural por meio do levantamento da gastronomia, do folclore e das tradições de Bombinhas. A visitação é feita mediante agendamento.

É aqui no Museu Comunitário Engenho do Sertão que o visitante conhecerá a típica consertada que é uma cachaça com café e especiarias e considerado patrimônio cultural de Bombinhas.

O beijú é uma comida típica local em Bombinhas
Foto: Setur Bombinhas

No quesito patrimônio gastronômico, outro atrativo de Bombinhas deixado pelos colonizadores portugueses é o beijú. Ele é um alimento feito com mandioca, produzido a partir da massa da raiz processada. Também chamado de “pão do índio” ou “pão do pobre”, tem esse nome porque era feito do aproveitamento do bagaço depois da transformação do ingrediente em farinha. Por muitas décadas o beijú foi fonte de sustento de muitas famílias da cidade. Durante as farinhadas a massa da mandioca é separada para a produção desse alimento tão diferente. Além do formato tradicional, simples, hoje em dia ganhou combinações que dão sabores complementares como amendoim, erva-doce e açúcar.

No Museu Comunitário é possível entender melhor sobre os hábitos e costumes dos moradores locais
Foto: Setur Bombinhas

Pesca da tainha é um patrimônio local de Bombinhas

Por falar em patrimônio cultural, Bombinhas tem uma forte relação com a atividade pesqueira e uma força muito grande na captura artesanal da tainha. De maio a julho a pesca ocorre aos olhos dos visitantes na beira da praia. Neste período de safra, os cardumes saem da Lagoa dos Patos n Rio Grande do Sul em busca de águas mais quentes para a desova. Há uma mobilização popular durante a captura.

Os vigias ficam de olho no mar para avistar a mancha negra que chega, para então dar a confirmação aos outros pescadores que é hora de entrar no mar. Eles vão em canoas de um pau só para lançar as redes que são puxadas depois por aqueles que ficam na areia da praia. É um espetáculo tradicional centenário e que também reforça a gastronomia. Nos meses de frio, a tainha é ingrediente principal nos restaurantes e casas de Bombinhas e região.

A pesca da tainha é um hábito de Bombinhas e o visitante pode acompanhar nos meses mais frios
Foto: Setur Bombinhas

Curtiu estas dicas sobre o que fazer em Bombinhas sem ser praia? O mar e as belezas naturais estarão sempre presentes na sua viagem, embora as atividades que o Viajar é Vida destacou neste post sejam fora do dia a dia de um período de sol e calor.


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