Como fazer uma viagem sozinha

Ela tem experiência internacional porque encarou sozinha roteiros principalmente na Europa. A jornalista e empreendedora Luciana Kühl trouxe ao Viajar é Vida informações, dicas e percepções importantes principalmente para mulheres estão em busca de coragem para desafios do tipo: como fazer uma viagem sozinha.

O que motivou a viajar sozinha?

Falta de companhia é uma ótima motivação! A minha primeira viagem sozinha foi meio que por falta de opção. Eu estava encerrando o meu intercâmbio e queria visitar alguns lugares. Como nenhum dos meus amigos poderia me acompanhar nas viagens, decidi ir sozinha mesmo. Já o mochilão de 30 dias que eu fiz alguns anos depois (minha maior viagem sozinha) já foi idealizado como fazer uma viagem solitária. Algo que possivelmente funcionou como motivação indireta foi já ter encarado algumas viagens com pessoas que não tinham o mesmo ritmo de viagem que o meu, o que acabou estragando algumas viagens no passado. Sem isso, eu conseguiria fazer as coisas 100% do meu jeito. 

Foto: álbum de viagem

Como fazer uma viagem sozinha


Você não teve medo? O que fez para driblar esse período de incertezas pré-viagem?

Não. Como os lugares que eu havia escolhido para viajar sozinha são consideravelmente seguros eu não tive medo. Se fosse para algum país mais perigoso ou machista a preocupação seria outra, com certeza. Geralmente quem ficava mais apreensivo eram os meus amigos homens e europeus, que contavam algumas histórias assustadoras em algumas capitais. Ainda assim, quem vive no Brasil já tem um radar mais apurado para situações de perigo.

Sobre as incertezas, eram as mesmas de qualquer viagem acompanhada, não havia uma preocupação específica pelo fato de estar sozinha. Este tipo de coisa eu sempre driblo pesquisando bastante antes da viagem, sabendo os arredores de estações, hostels, vendo no Street View e ponderando se é uma região segura ou não. 

A jornalista e empreendedora Luciana Kühl conta ao Viajar é Vida “como fazer uma viagem sozinha”

Foto: álbum de viagem


O que você trouxe de mais importante desta experiência de viajar sozinha?

Acho que quando a gente viaja sozinha está mais aberta a perceber o mundo, a prestar atenção em tudo. Eu tenho a sensação de que absorvi mais das viagens solitárias do que das em que estava acompanhada. No mochilão eu fiz um diário de viagem e escrevia todos os dias, o que deixou as lembranças desta viagem muito mais vivas. É legal ver o tanto de detalhe que a gente presta atenção quando está sozinha. Viajar desacompanhada também me deixou mais aberta a conversar com desconhecidos e perceber como existe gente interessante fazendo coisas legais por todo o mundo.

Foto: álbum de viagem


De todos os lugares que viajou sozinha, consegue citar 3 imperdíveis (e por que são imperdíveis)?? 

Os 3 que vou citar têm muito em comum: Viena, Berlim e Amsterdã. São cidades vivas, cheias de correria, multiculturais e, ainda assim, extremamente seguras. Também foram os lugares que eu considerei mais amigáveis para quem viaja sozinho, até porque conheci muita gente na mesma situação que eu. Ninguém acha estranho se você sai pra jantar sozinho em um restaurante. Também são lugares em que o respeito às mulheres é a regra, o que fez com que eu me sentisse muito mais segura – e segurança é liberdade.

Foto: álbum de viagem

Detalhes que eu considero imperdíveis de cada lugar:

Viena: é uma mistura muito bacana do tradicional e do moderno. A cidade respira cultura, principalmente quando o assunto é música. Também é um dos lugares que melhor recebe estrangeiros e é muito fácil se virar na cidade, mesmo sem conhecê-la. É uma capital vibrante, com muita coisa pra fazer em todos os cantos, mas ao mesmo tempo é muito fácil se deslocar lá dentro com segurança. Ah, e a comida é ótima, misturando culinária da Bavária e da Hungria na mesma cidade.

Berlim: essa aqui é especial pra quem gosta de olhar pro passado e pro futuro ao mesmo tempo. Tem toda a bagagem da Segunda Guerra e do período da Guerra Fria, mas ao mesmo tempo tem bairros, pessoas e bares super descolados (foi lá que eu fui parar em uma absinteria – fábrica de absinto – e numa balada cigana na mesma noite).

Amsterdã: apesar de nos últimos anos ela ter se tornado menos amigável para os turistas (preços altos, tentativa de descaracterizar o Red Lights, retirada do letreiro ‘I love Amsterdam’…), ainda é uma cidade muito interessante. Por ter um centro histórico pequeno e não ser projetada pra comportar carros, é uma cidade onde é muito gostoso se deslocar, já que dá pra fazer quase tudo a pé ou de bike. É só sair das armadilhas de turistas pra perceber como ali também tem muita história, valorização à arte e, principalmente, às pessoas. Sem contar que os holandeses são as pessoas mais de boas que eu já vi na vida.

Olha o comentário especial de quem viaja sozinha:

Apenas um comentário sobre fotos: a única coisa ruim de viajar sozinha é não ter alguém pra tirar as fotos. Selfies te deixam com cara de Trakinas, pau de selfie eu me recuso e pedir pros outros tirarem fotos geralmente resulta em algo pavoroso!

Foto: álbum de viagem

O Viajar é Vida amou os detalhes e considerações e espera poder contribuir com que outros viajantes (homens e mulheres) viajem sozinhos. Curtiu também estas dicas sobre como fazer uma viagem sozinha? Compartilhe também suas histórias.


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