Eu já tenho uma pequena experiência em viajar para o Exterior, fiz dois intercâmbios anos atrás, mas cada experiência é um frio na barriga. Não seria diferente nessa minha viagem para Toronto. Por isso, trago agora as melhores dicas para viajar sozinha para o Canadá.
Apesar de ter me jogado em dois outros momentos (a primeira em 2009 para um ano de estudo em Sevilha, no Sul da Espanha, e outra e 2011, nessa realmente sem conhecer ninguém até chegar ao destino final que era Orlando, nos Estados Unidos), fazia um bom tempo que não fazia uma viagem sozinha.
“Viagem profissional me levou ao Canadá”
Em outubro de 2019 surgiu uma oportunidade profissional para viajar e ficar por alguns dias em Toronto e Montreal, no Canadá. As coisas foram acontecendo, passagens compradas, hospedagens reservadas, agenda de compromissos preenchidas e a ansiedade de retomar o idioma que eu havia deixado de praticar desde o retorno do meu intercâmbio em 2011.
Junto veio a palpitação de assumir sozinha grandes compromissos profissionais em um país em que nunca havia estado antes e com o detalhe de ter viajado sozinha.
O que a gente faz? Estuda um pouco sobre o destino, busca dicas com quem já foi e mata no peito com fé que vai dar tudo certo. As viagens anteriores me deram um pouco de jogo de cintura para alguns imprevistos (já fui até deportada por conta de detalhes que não pesquisei antes, mas isso eu conto e outro post), mais umas dicas com os colegas do Viajar é Vida que já estiveram no Canadá e pronto. Viagem feita e agora as melhores dicas para viajar sozinha para o Canadá.
Primeiras dicas para quem quer viajar sozinha (ou acompanhada)
Com o cronograma no e-mail, salvo nas imagens do celular e também impresso numa pastinha, fui confiante de que tudo daria certo. Mas e se desse errado também, a gente teria que improvisar. Aqui vou deixar duas dicas importantes:
– Ter o visto de turismo americano válido pode ser vantajoso para quem quer ir ao Canadá. Esse carimbo permite que você solicite o ETA (Eletronic Travel Authorization), o visto on-line do Canadá, que dá acesso ao país e possui um custo bem menor, além de ser muito mais fácil e rápido o processo. Com o visto americano válido você também pode comprar passagens aéreas mais em conta que fazem conexões nos Estados Unidos (e que mesmo que não esteja só de passagem, é obrigatório ter o visto americano).
– Sempre verifique a validade do seu passaporte. As companhias aéreas de modo geral aceitam o documento que esteja dentro da validade até a data da volta, entretanto é sempre bom ter uma margem de segurança para evitar quaisquer problemas.
Viagem tranquila e boa surpresa no AirBnB
Cheguei em Toronto perto da uma hora da manhã e já havia combinado com o proprietário do AirBnb de me aguardar na hospedagem. Aliás, o local foi escolhido pela empresa que trabalho e foi uma agradável surpresa. Bem localizado, limpo, aconchegante e os proprietários eram um casal bem simpático. Peguei um Uber até a casa, o dono me mostrou os cômodos e regras e logo me instalei para me preparar para o meu primeiro dia de Toronto.
Era Outono no Canadá, mas eu tenho um problema sério com frio (sou brasiliense, mas moro há anos em Santa Catarina e ainda não me acostumei às baixas temperaturas) e lá estava na média de 6 a 10 graus (mas um ventinho safado que dava uma sensação térmica horrível de 0 grau).
Minha prima tinha acabado de retornar de Montreal, onde morou por dois anos, e me emprestou um casacão (sobretudo impermeável) e uma bota cano alto que foram meus curingas e companheiros de todos os dias na viagem. Juro que usei essas duas peças todos os dias sem exceção.
“As melhores dicas para viajar sozinha para o Canadá”
Começo de viagem é um processo de ambientação
O primeiro dia é uma ambientação. Andei pelo bairro onde estava, localizei cafeterias, restaurantes, supermercados, farmácias, estações de metrô, ônibus. Tomei um café, comprei algumas comidinhas para fazer uns lanches em casa, trabalhei um pouco e fui pegar o metrô para entender melhor como funciona o transporte e a dinâmica da cidade. Neste mesmo dia encontrei com uma colega dos meus chefes que morava em Toronto havia 8 meses e me passou mais algumas dicas. Estava ansiosa, pois minha agenda no dia seguinte, o segundo em Toronto, começaria em Missussauga, uma cidade que fica distante cerca de uma hora e meia de Toronto. Eu precisaria ficar esperta para não me perder no caminho (mas se perder também faz parte do aprendizado, por isso sempre ia para os compromissos com uma boa antecedência já prevendo o imprevisto de atraso por conta disso).
Fui a Missussauga e correu tudo bem com o compromisso na Universidade de Toronto. Tive uma boa conversa, com o inglês ainda pegando no tranco, mas totalmente compreensível. O lado positivo de Toronto é que é uma cidade aberta aos imigrantes e por isso é repleta de estrangeiros e sotaques, com cidadãos bem tolerantes e receptivos com todos que se esforçam em falar o inglês corretamente.
Bom, após meu compromisso na Universidade de Toronto bateu um leve desespero. Estava contando com o wi-fi aberto dos locais que visitava e certa de que a universidade teria a rede disponível. Ledo engano. Era aberta somente aos alunos e colaboradores. E agora, como achar o caminho de volta para casa? Fui até a biblioteca, pedi ajuda a um colaborador que me deixou usar o computador, acessei o Google Maps e fui tirando foto da tela com o celular para salvar o trajeto. Ufa, trabalhoso, mas deu certo. Consegui voltar, e fui me virando bem nos outros dias. Anote aí: As melhores dicas para viajar sozinha para o Canadá è Google Maps salva!
As melhores dicas para viajar sozinha para o Canadá: internet sempre
Após os primeiros cinco dias me dei conta de que tinha um chip inativo que meu chef havia disponibilizado de uma viagem anterior e eu teria somente que reativá-lo para ter acesso à internet móvel. Simplesmente esqueci deste detalhe (viu como muito tempo sem viajar te faz esquecer detalhes importantes? Mas tudo certo, a gente volta à ativa e pratica tudo de novo).
Com internet 4G foi o paraíso! Me virei super bem para me localizar nos lugares desta viagem. Na segunda semana já me sentia super à vontade fazendo compras no mercado (Wallmart), indo no outlet, nos shoppings locais, andando de metrô sem olhar mapa, só de olho no sentido das estações.
E foi assim, quando eu já estava me habituando à rotina e costumes da cidade (menos ao frio), já era hora de ir embora.
Fiquei 15 dias no Canadá, sendo 11 dias em Toronto e 4 em Montreal. As pessoas me questionam ainda sobre a viagem e se assustam ao saber que fui sozinha pra lá. E eu digo: foi uma experiência intensa, rica, sozinha, mas nada solitária. Aliás, encontrei tanta gente bacana no caminho que valeu demais a pena e faria de novo.
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