Filosofia minimalista: dicas para seguir e poder viajar por longo tempo
A primeira vez que ouvimos falar sobre esta tal filosofia minimalista foi por meio de um documentário que assistimos na Netflix. Foi chocante no início. Estávamos tão envolvidos na bolha avassaladora que criamos vivendo para o trabalho que estávamos praticamente sobrevivendo nos moldes da lei da compensação: “Ah, mas eu trabalhei tanto ontem, mereço uma pizza. Ou, este mês fiz muitas horas-extras, então nada mais justo que passear no shopping comprar blusinhas com as amigas, comer um hambúrguer famoso e beber aquele chope, certo?” Somente depois de um tempo conseguimos entender o verdadeiro sentido de tudo isso.
“As dicas da filosofia minimalista para poder viajar por longo tempo”
Nunca fomos muito consumistas, pois o dinheiro sempre foi contado lá em casa (somos contadores e há tempos traçamos planos e focamos nos objetivos em comum para conseguir dar conta de tudo). Mas toda a sexta feira a gente se dava ao direito de preparar uma jantinha especial e tomar um vinho, pois ninguém é de ferro e acreditávamos que estes momentos nos davam energia para continuar.
Eventualmente sempre rolava aquelas comprinhas na emoção sabe, eu ador(ava) livros, lenços, brincos e artefatos de cozinha, por exemplo. E sempre que passava pelo shopping voltava com alguma coisa dessas que “não iria conseguir mais viver se não comprasse”. Sentiu o drama né? Mesmo me considerando uma pão-duro, eu fazia algumas extravagâncias deste tipo. Embora nada que custasse mais que R$ 20. Minhas amigas já sabiam, esse era meu limite de coisas supérfluas.
A decisão do período sabático fez aprender sobre a filosofia minimalista
Foi quando decidimos focar no sonho de viajar um período sabático, fazer com que isso virasse um plano real (como já contamos aqui), é que paramos para rever toda nossa ideia de consumo e percebemos que mesmo sendo baixa, ainda era possível reduzir muito mais.
Isso foi desde o shampoo que eu usava apenas por achar legal a embalagem, supermercado, utensílios e as mais diversas coisas que podemos ter em casa, como um móbile, flores e inclusive bibelôs de viagem.
Começamos a analisar que todas as coisas que acumulávamos por acharmos legais, acabavam tomando nosso tempo, pois demandavam atenção e cuidado na limpeza da semana, por exemplo. E tudo isso ia contra a filosofia minimalista.
Quando definimos a data da partida da viagem, que foi mais ou menos um ano antes de ela acontecer, começamos a selecionar tudo que não usávamos e fomos separando o que poderia ser doado, descartado ou vendido. Fizemos três grandes “faxinas” ao longo de 2018 e selecionamos muitas caixas em cada uma delas. Vejam como é séria a necessidade de entender a filosofia minimalista e as para seguir e poder viajar por longo tempo.
Colocar em prática a filosofia minimalista fez descobrir coisas guardadas há anos
Utensílios de cozinha foram os campeões, tínhamos coisas guardadas há 10 anos (!!!!), algumas foram presentes de casamento e usadas pouquíssimas vezes, já que no dia a dia usávamos sempre as mesmas coisas. As peças que consideramos mais especiais sentimentalmente, distribuímos para os amigos e família, com a certeza de que cuidariam com carinho. O restante foi doado em uma campanha de arrecadação de itens para uma família que precisava na época. E a cada caixa que saía da nossa casa, nós ficamos mais leves por saber que serviria para alguém que faria melhor uso.
Além disso, descobri o quanto é libertador tirar o pó de uma estante quase vazia. Quem faz isso vai entender o que estou dizendo rs. Sem falar da praticidade de cozinhar e não ter que ficar tirando panelas de dentro de panelas de dentro dos armários. Tá ali aquela que você mais usa e pronto. Fácil, rápido e sem estresse.
Fomos criados com aquele conceito que era bonito ter coisas novas para as visitas. Isso é passado. Pelo menos pra nós. Primeiro que não devemos guardar coisas para os outros usarem, se nós gostamos temos que usar todos os dias. Segundo, que quem vai na nossa casa são os nossos amigos e família, que gostam de nós pelo que somos, não pelo que temos ou porque nossa mesa está mais posta com louças especiais. Percebemos que a grande maioria não se importa com esses detalhes, pois estava lá pela nossa companhia. Se a pessoa vai na sua casa para julgar sua mesa, melhor rever suas amizades!
Analisar o que não usa há seis meses é um dos passos da filosofia minimalista
No começo não é fácil definir o que você não precisa mais. Nossa dica é analisar se na sua casa tem algo que não usa há mais de seis meses. Se neste período você não usou, não é tão essencial assim e poderia ser facilmente repassado. Comece com o guarda-roupa e, aos poucos, vá incorporando aos outros cômodos da casa. Você vai ver o quanto vai facilitar a sua vida.
Outra dica importante é repensar tudo o que você vai comprar, confirmar se é realmente necessário ou se é apenas uma compensação como falamos acima. Se pensar três vezes e ainda quiser comprar, pense naquilo que você vai tirar da sua vida para substituir. O objetivo do minimalismo é ter uma vida mais leve, então, a cada novo sapato que você precisa, um sapato velho deve sair e assim você evita acumular muitas coisas. E então, com a filosofia minimalista e as dicas para seguir e poder viajar por longo tempo, você acha que encara?
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